🔶️Há algum tempo, a dupla arroz e feijão é sinônimo de uma refeição completa e saudável no Brasil. No entanto, estudos apontam que o feijão está se tornando um item cada vez menos comum no prato de muitos brasileiros, aumentando riscos de saúde da população. Do consumo de ultraprocessados à maior temperatura do planeta, muitos fatores estão contribuindo para o menor consumo do alimento.
🔶️A tendência é que o brasileiro deixe de comer o alimento de forma regular até 2025, passando a consumi-lo de forma não regular (uma a quatro vezes na semana apenas), segundo a pesquisa 'Redução do consumo de alimentos tradicionais na dieta do brasileiro: tendências e previsões do consumo de feijão (2007-2030)', feita por pesquisadores brasileiros e publicada no Cambridge University Press,
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A pesquisadora Fernanda S. Granado, que fez parte do estudo, afirmou em entrevista ao site da Faculdade de Medicina da UFMG, que a🔶️ oscilação do valor e a praticidade encontrada no consumo dos ultraprocessados ajudam a explicar a tendência.
Vender soja para outros países está tirando o feijão do nosso prato
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🔶️Remover o feijão do prato também aumenta as chances de desenvolver obesidade. É o que apontam os resultados de pesquisa feita por Fernanda S. Granado em seu doutorado, no Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da UFMG.
De acordo com o estudo, o 🔶️grupo que não comeu feijão teve chances 10% maiores de ter excesso de peso e 20% maiores de desenvolver obesidade. O estudo usou dados de mais de 500 mil adultos, que foram acompanhados de 2009 a 2019 por meio de entrevistas telefônicas e fazem parte do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico).
A POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) conduzida pelo IBGE, que visa mensurar as estruturas de consumo e dos gastos das famílias brasileiras, também mostra, em seus últimos inquéritos 2008/2009 e 2017/2018, uma diminuição no consumo de arroz e feijão nos lares brasileiros.
"Houve uma redução no consumo de feijão considerando o intervalo de aproximadamente dez anos das duas pesquisas, de 76% para 72%, assim como para o arroz houve variação de 84% para 76%", diz Dirce Marchioni, coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Combate à Fome e que fez parte da equipe técnica da POF.
"🔶️O maior consumo de alimentos ultraprocessados, em particular pelos adolescentes, aponta para um perfil de consumo com potencial impacto negativo à saúde", diz Marchioni para 🔶️Ecoa.
A pesquisadora afirma que é preciso manter a tradição da dupla arroz e feijão, que é base de uma dieta equilibrada e que pode combater a escalada de alimentos industrializados na mesa do brasileiro.
💠Esse processo de manter o hábito significa a valorização da culinária brasileira, o fazer 'comida de verdade', e é um caminho para a contraposição de uma alimentação com participação de alimentos como os ultraprocessados, 🔶️Dirce Marchioni, coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Combate à Fome.
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