Você ficou sabendo que um banco dos EUA que tem mais ativos do que o Santander Brasil faliu no dia 10 de março?
A quebra do Silicon Valley Bank (SVB) foi a segunda maior falência de um banco na história dos EUA. Mas o susto no mercado estava só começando. Dia 12, dois dias depois, o Signature Bank, outro banco americano, teve sua falência decretada.
E dia 15 foi a vez do Credit Suisse, gigante e centenário global, ter queda de 20% nas ações. Mas, afinal, o que está acontecendo no mercado financeiro? Como um grande banco pode quebrar de uma hora para outra e como o Estado é afetado por isso?
Primeiro: como um banco funciona?
Em seguida, o principal acionista do banco, o Saudi National Bank, informou que não injetaria mais recursos na instituição suíça.
O banco, com fragilidades contábeis e sem o apoio do principal acionista, teve sua credibilidade e confiança afetadas. E, como dito anteriormente, isso é algo fundamental para uma instituição financeira. Por isso, o Credit Suisse perdeu mais de 20% do valor em ações em apenas um dia.
Privatizando lucros e socializando prejuízos
Nos três casos acima, os governos se prontificaram a resolver o problema. E isso é ruim? Não, pois os maiores prejudicados são os clientes.
Porém, há um ponto importante: o modelo que vem dominando o mercado financeiro nas últimas décadas prega a atuação mínima possível do Estado (o dito Estado Mínimo). Defendem isso para terem liberdade de fazer o que querem. Mas, na hora que dá errado, pedem para o Estado intervir.
É como uma criança mimada que maltrata a mãe, mas quando as coisas apertam, pede ajuda para a progenitora.
Não podemos ter um sistema que privatiza os lucros e socializa os prejuízos. A especulação e a busca incessante por lucros têm que ter limites, para que possamos ter um mercado financeiro que sirva à economia e não uma economia que sirva ao mercado financeiro.
💠*João Paulo Pacifico é CEO do Grupo Gaia
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